quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Os oito versos que transformam a mente

Com a determinação de alcançar
O bem supremo em benefício de todos os seres sencientes,
Mais preciosos do que uma jóia mágica que realiza desejos,
Vou aprender a prezá-los e estimá-los no mais alto grau.

Sempre que estiver na companhia de outras pessoas, vou aprender
A pensar em minha pessoa como a mais insignificante dentre elas,
E, com todo respeito, considerá-las supremas,
Do fundo do meu coração.

Em todos os meus atos, vou aprender a examinar a minha mente
E, sempre que surgir uma emoção negativa,
Pondo em risco a mim mesmo e aos outros,
Vou, com firmeza, enfrentá-la e evitá-la.

Vou prezar os seres que têm natureza perversa
E aqueles sobre os quais pesam fortes negatividades e sofrimentos,
Como se eu tivesse encontrado um tesouro precioso,
Muito difícil de achar.

Quando os outros, por inveja, maltratarem a minha pessoa,
Ou a insultarem e caluniarem,
Vou aprender a aceitar a derrota,
E a eles oferecer a vitória.

Quando alguém a quem ajudei com grande esperança
Magoar ou ferir a minha pessoa, mesmo sem motivo,
Vou aprender a ver essa outra pessoa
Como um excelente guia espiritual.

Em suma, vou aprender a oferecer a todos, sem exceção,
Toda a ajuda e felicidade, por meios diretos e indiretos,
E a tomar sobre mim, em sigilo,
Todos os males e sofrimentos daqueles que foram minhas mães.

Vou aprender a manter estas práticas
Isentas das máculas das oito preocupações mundanas*,
E, ao compreender todos os fenômenos como ilusórios,
Serei libertado da escravidão do apego.






*As oito preocupações mundanas são:

Gostar de ser elogiado / Não gostar de ser criticado
Gostar de ser feliz / Não gostar de ser infeliz
Gostar de ganhar / Não gostar de perder
Desejar ser famoso / Não gostar de ser ignorado



Via https://www.facebook.com/sobrebudismo



sábado, 14 de setembro de 2013

O Paraíso

Duas pessoas estavam perdidas no deserto. 
Elas estavam morrendo de inanição e sede. 
Finalmente, eles avistaram um alto muro. 
Do outro lado eles podiam ouvir o som de quedas d'água e pássaros cantando. 
Acima eles podiam ver os galhos de uma árvore frutífera atravessando e pendendo sobre o muro. Seus frutos pareciam deliciosos.
Um dos homens subiu o muro e desapareceu no outro lado.
O outro, em vez disso, saciou sua fome com as frutas que sobressaíam da árvore ali mesmo, e retornou ao deserto para ajudar outros perdidos a encontrar o caminho para o oásis.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O Mais Importante Ensinamento

Um renomado mestre Zen dizia que seu maior ensinamento era este: Buddha é a sua mente.
De tão impressionado com a profundidade implicada neste axioma, um monge decidiu deixar o Monastério
e retirar-se em um local afastado para meditar nesta peça de sabedoria.
Ele viveu 20 anos como um eremita refletindo no grande ensinamento.

Um dia ele encontrou outro monge que viajava na através da floresta próxima à sua ermida.
Logo o monge eremita soube que o viajante também tinha estuda sob o mesmo mestre Zen.

"Por favor, diga-me se você conhece o grande ensinamento do mestre," perguntou ansioso ao outro.

Os olhos do monge viajante brilharam, "Ah! O mestre foi muito claro sobre isto.
Ele disse que seu maior ensinamento era:
Buddha NÃO é a sua mente."

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Aperfeiçoamento Pessoal

Um praticante certa vez perguntou a um mestre Zen, que ele considerava muito sábio:
"Quais são os tipos de pessoas que necessitam de aperfeiçoamento pessoal?"

"Pessoas como eu." Comentou o mestre. 

O praticante ficou algo espantado:
"Um mestre como o senhor precisa de aperfeiçoamento?"

"O aperfeiçoamento", respondeu o mestre, "nada mais é do que vestir-se, ou alimentar-se..."

"Mas", replicou o praticante, "fazemos isso sempre! Imaginava que o aperfeiçoamento significasse algo mais profundo para um mestre."

"O que achas que faço todos os dias?" retrucou o mestre. "A cada dia, buscando o aperfeiçoamento, faço com cuidado e honestidade os atos comuns do cotidiano. Nada é mais profundo do que isso."

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sem Motivo

Certo dia, três amigos passeavam e viram um homem no cume de um pequeno monte, sentado. Curiosos sobre o que estaria o homem fazendo, foram até ele, usando a trilha na encosta. Chegando lá, o primeiro disse:
"Olá, está esperando um amigo?"
"Não..." - respondeu o outro. O segundo homem replicou:
"Então está respirando o ar puro!"
"Não..." - disse o estranho. O terceiro amigo disse:
"Já sei! Você estava passando e resolveu olhar este belo cenário."
"Não, na verdade..." - repetiu o homem. Os três amigos então exclamaram ao mesmo tempo, estupefatos:
"Mas então, o que faz aqui?!"
O homem disse com um suave sorriso:
"Apenas ESTOU aqui..."

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Nada santo

Certa vez, Bodhidharma foi levado à presença do Imperador Wu, um devoto benfeitor buddhista, que ansiava receber a aprovação de sua generosidade pelo sábio. 
Ele perguntou ao mestre:
"Nós construímos templos, copiamos os sutras sagrados, ordenamos monges e monjas. Qual o mérito, reverenciado Senhor, da nossa conduta?" 
 
"Nenhum mérito, em absoluto", disse o sábio. 
 
O Imperador, chocado e algo ofendido, pensou que tal resposta com certeza estava subvertendo todo o dogma buddhista, e tornou a perguntar:
"Então qual é o Santo Dharma, o Primeiro Princípio?" 
 
"Um vasto Vazio, sem nada santo dentro dele", afirmou Bodhidharma, para a surpresa do Imperador. 

Este ficou furioso, levantou-se e fez sua última pergunta:
"Quem és então, para ficares diante de mim como se fosse um sábio?" 
 
"Eu não sei, Majestade", replicou o sábio, que assim tendo, dito virou-se e foi embora.

domingo, 14 de julho de 2013

O Sonho

Certa vez o mestre taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta, voando alegremente aqui e ali. 
No sonho ele não tinha mais a mínima consciência de sua individualidade como pessoa. 
Ele era realmente uma borboleta. 
Repentinamente, ele acordou e descobriu-se deitado ali, um pessoa novamente.
Mas então ele pensou para si mesmo:
"Fui antes um homem que sonhava ser uma borboleta, ou sou agora uma borboleta que sonha em ser um homem?"

sábado, 16 de março de 2013

Conhecendo os Peixes


Certa vez Chuang Tzu e um amigo caminhavam à margem de um rio.
"Veja os peixes nadando na corrente," disse Chuang Tzu, "Eles estão realmente felizes..."
"Você não é um peixe," replicou arrogantemente seu amigo, "Então você não pode saber se eles estão felizes."
"Você não é Chuang Tzu," disse Chuang Tzu, "Então como você sabe que eu não sei que os peixes estão felizes?"

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Verdadeira Riqueza


Um homem muito rico pediu a Sengai para escrever algo pela continuidade da prosperidade de sua família, de modo que esta pudesse manter sua fortuna de geração a geração.
Sengai pegou uma longa folha de papel de arroz e escreveu: "Pai morre, filho morre, neto morre."
O homem rico ficou indignado e ofendido. "Eu lhe pedi para escrever algo pela felicidade de minha família! Porque fizeste uma brincadeira destas?!?"
"Não pretendi fazer brincadeiras," explicou Sengai tranqüilamente. "Se antes de sua morte seu filho morrer, isto iria magoá-lo imensamente. Se seu neto se fosse antes de seu filho, tanto você quanto ele ficariam arrasados. Mas se sua família, de geração a geração, morrer na ordem que eu escrevi, isso seria o mais natural curso da Vida. Eu chamo a isso Verdadeira Riqueza."