Nossas percepções carregam consigo todos os erros da subjetividade. Por isso elogiamos, culpamos, condenamos ou nos queixamos, dependendo das percepções. Só que nossas percepções são formadas pelas aflições - desejo, raiva, ignorância, visões errôneas e preconceitos. Ser feliz ou sofrer depende inteiramente das nossas percepções. É importante examinar as nossas percepções e desvendar a sua origem.
- Thich Nhat Hanh
domingo, 28 de dezembro de 2008
Estudar o Caminho
Estudar o Caminho de Buda é estudar a si mesmo. Estudar a si mesmo é esquecer-se de si mesmo. Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por tudo que existe. Transcender corpo e mente seu e dos outros. Nenhum traço de iluminação permanece e a Iluminação é colocada à disposição de todos os seres.
- Eihei Dogen (1200-1253)
- Eihei Dogen (1200-1253)
sábado, 27 de dezembro de 2008
Seguindo a corrente
Um velho homem bêbado acidentalmente caiu nas terríveis corredeiras de um rio, que levavam para uma alta e perigosa cascata.
Ninguém jamais tinha sobrevivido àquele rio. Algumas pessoas que viram o acidente temeram pela sua vida, tentando desesperadamente chamar a atenção do homem que, bêbado, estava quase desmaiado.
Mas, miraculosamente, ele conseguiu sair salvo quando a própria correnteza o despejou na margem em uma curva que fazia o rio.
Ao testemunhar o evento, Kung-tzu (Confúcio) comentou para todas as pessoas que diziam não entender como o homem tinha conseguido sair de tão grande dificuldade sem luta:
"Ele se acomodou à água, não tentou lutar com ela. Sem pensar, sem racionalizar, ele permitiu que a água o envolvesse. Mergulhando na correnteza, conseguiu sair da correnteza. Assim foi como conseguiu sobreviver."
Ninguém jamais tinha sobrevivido àquele rio. Algumas pessoas que viram o acidente temeram pela sua vida, tentando desesperadamente chamar a atenção do homem que, bêbado, estava quase desmaiado.
Mas, miraculosamente, ele conseguiu sair salvo quando a própria correnteza o despejou na margem em uma curva que fazia o rio.
Ao testemunhar o evento, Kung-tzu (Confúcio) comentou para todas as pessoas que diziam não entender como o homem tinha conseguido sair de tão grande dificuldade sem luta:
"Ele se acomodou à água, não tentou lutar com ela. Sem pensar, sem racionalizar, ele permitiu que a água o envolvesse. Mergulhando na correnteza, conseguiu sair da correnteza. Assim foi como conseguiu sobreviver."
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Plena Consciência
1. Não idolatrar nenhuma doutrina, teoria, seja ela qual for, incluindo o budismo. Os sistemas de pensamento budistas devem ser considerados como guias para a prática e não como a verdade absoluta.
2. Não pensar que se possui um saber imutável ou a verdade absoluta. Há que evitar a estreiteza da mente e o apego aos pontos de vista pessoais. Aprender a praticar a via do não apego de maneira a permanecer aberto aos pontos de vista dos outros. A verdade só pode ser encontrada na vida e não nos conceitos. Há que estar disponível para continuar a aprender ao longo de toda a vida e a observar a vida em si mesmo e no mundo.
3. Não forçar os outros, incluindo as crianças, a adoptar os nossos pontos de vista seja por que meios forem: autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda ou educação. Respeitar as diferenças entre os seres humanos e a liberdade de opinião de cada qual. Saber, no entanto, utilizar o diálogo para ajudar a renunciar ao fanatismo e à estreiteza do espírito.
4. Não evitar o contacto com o sofrimento nem fechar os olhos diante dele. Não perder a plena consciência sobre a existência do sofrimento no mundo. Encontrar meios de aproximação para com os que sofrem, seja mediante contactos pessoais, visitas, imagens, sons. Despertar e despertar os outros para a realidade do sofrimento no mundo.
5. Não acumular dinheiro nem bens quando milhões de seres sofrem de fome. Não converter a glória, o proveito, a riqueza ou os prazeres sensuais na finalidade da vida. Viver simplesmente e compartir o tempo, a energia e os recursos pessoais com os que necessitam.
6. Não conservar a cólera ou o ódio. Aprender a examinar e a transformar a cólera e o ódio quando ainda não são mais que sementes nas profundidades da consciência. Ao manifestar-se a cólera e o ódio, devemos focar a atenção na respiração e observar de modo penetrante a fim de ver e compreender a natureza desta cólera ou ódio, assim como a natureza das pessoas que se supõe serem a sua causa. Aprender a ver os seres com os olhos da compaixão.
7. Não se perder, deixando-se levar pela dispersão ou pelas circunstâncias envolventes. Praticar a respiração consciente e focar a atenção no que está a acontecer neste instante presente. Entrar em contacto com aquilo que é maravilhoso, pleno de vigor e de frescura. Semear em si mesmo sementes de paz, de alegria e de compreensão de maneira a favorecer o processo de transformação nas profundidades da consciência.
8. Não pronunciar palavras que possam semear a discórdia e provocar a ruptura da comunidade. Mediante palavras serenas e de actos apaziguadores, fazer todos os esforços possíveis para reconciliar e resolver todos os conflitos, por pequenos que sejam.
9. Não dizer falsidades para preservar o interesse próprio ou para impressionar os outros. Não proferir palavras que semeiem a divisão e o ódio. Não difundir notícias sem ter a certeza de que são seguras. Falar sempre com honestidade e de maneira construtiva. Ter a coragem de dizer a verdade sobre as situações injustas mesmo que a nossa própria segurança fique ameaçada.
10. Não utilizar a comunidade religiosa para o interesse pessoal nem a transformar em partido político. A comunidade em que vivemos deve, contudo, tomar uma posição clara contra a opressão e a injustiça e esforçar-se por mudar a situação sem se envolver em conflitos partidários.
11. Não exercer profissões que possam causar dano aos seres humanos ou à natureza. Não investir em companhias que explorem os seres humanos. Eleger uma ocupação que ajude a realizar o ideal próprio de vida com compaixão.
12. Não matar. Não deixar que outros matem. Utilizar todos os meios possíveis para proteger a vida e prevenir a guerra. Trabalhar para o estabelecimento da paz.
13. Não querer possuir nada que pertença a outrem. Respeitar os bens dos outros, mas impedir qualquer tentativa de enriquecimento à custa do sofrimento de outros seres vivos.
14. Não maltratar o corpo. Aprender a respeitá-lo. Não o considerar unicamente como um instrumento. Preservar as energias vitais (sexual, respiração e sistema nervoso) através da prática da Via. A expressão sexual não se justifica sem verdadeiro amor e sem compromisso. Em relação às relações sexuais, tomar consciência do sofrimento que podem causar no futuro a outras pessoas. Para assegurar a felicidade dos outros há que respeitar os seus direitos e compromissos. Estar plenamente consciente das suas próprias responsabilidades na hora de trazer ao mundo novos seres. Meditar sobre o mundo a que trazemos estes seres.
- Thich Nhat Hanh
2. Não pensar que se possui um saber imutável ou a verdade absoluta. Há que evitar a estreiteza da mente e o apego aos pontos de vista pessoais. Aprender a praticar a via do não apego de maneira a permanecer aberto aos pontos de vista dos outros. A verdade só pode ser encontrada na vida e não nos conceitos. Há que estar disponível para continuar a aprender ao longo de toda a vida e a observar a vida em si mesmo e no mundo.
3. Não forçar os outros, incluindo as crianças, a adoptar os nossos pontos de vista seja por que meios forem: autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda ou educação. Respeitar as diferenças entre os seres humanos e a liberdade de opinião de cada qual. Saber, no entanto, utilizar o diálogo para ajudar a renunciar ao fanatismo e à estreiteza do espírito.
4. Não evitar o contacto com o sofrimento nem fechar os olhos diante dele. Não perder a plena consciência sobre a existência do sofrimento no mundo. Encontrar meios de aproximação para com os que sofrem, seja mediante contactos pessoais, visitas, imagens, sons. Despertar e despertar os outros para a realidade do sofrimento no mundo.
5. Não acumular dinheiro nem bens quando milhões de seres sofrem de fome. Não converter a glória, o proveito, a riqueza ou os prazeres sensuais na finalidade da vida. Viver simplesmente e compartir o tempo, a energia e os recursos pessoais com os que necessitam.
6. Não conservar a cólera ou o ódio. Aprender a examinar e a transformar a cólera e o ódio quando ainda não são mais que sementes nas profundidades da consciência. Ao manifestar-se a cólera e o ódio, devemos focar a atenção na respiração e observar de modo penetrante a fim de ver e compreender a natureza desta cólera ou ódio, assim como a natureza das pessoas que se supõe serem a sua causa. Aprender a ver os seres com os olhos da compaixão.
7. Não se perder, deixando-se levar pela dispersão ou pelas circunstâncias envolventes. Praticar a respiração consciente e focar a atenção no que está a acontecer neste instante presente. Entrar em contacto com aquilo que é maravilhoso, pleno de vigor e de frescura. Semear em si mesmo sementes de paz, de alegria e de compreensão de maneira a favorecer o processo de transformação nas profundidades da consciência.
8. Não pronunciar palavras que possam semear a discórdia e provocar a ruptura da comunidade. Mediante palavras serenas e de actos apaziguadores, fazer todos os esforços possíveis para reconciliar e resolver todos os conflitos, por pequenos que sejam.
9. Não dizer falsidades para preservar o interesse próprio ou para impressionar os outros. Não proferir palavras que semeiem a divisão e o ódio. Não difundir notícias sem ter a certeza de que são seguras. Falar sempre com honestidade e de maneira construtiva. Ter a coragem de dizer a verdade sobre as situações injustas mesmo que a nossa própria segurança fique ameaçada.
10. Não utilizar a comunidade religiosa para o interesse pessoal nem a transformar em partido político. A comunidade em que vivemos deve, contudo, tomar uma posição clara contra a opressão e a injustiça e esforçar-se por mudar a situação sem se envolver em conflitos partidários.
11. Não exercer profissões que possam causar dano aos seres humanos ou à natureza. Não investir em companhias que explorem os seres humanos. Eleger uma ocupação que ajude a realizar o ideal próprio de vida com compaixão.
12. Não matar. Não deixar que outros matem. Utilizar todos os meios possíveis para proteger a vida e prevenir a guerra. Trabalhar para o estabelecimento da paz.
13. Não querer possuir nada que pertença a outrem. Respeitar os bens dos outros, mas impedir qualquer tentativa de enriquecimento à custa do sofrimento de outros seres vivos.
14. Não maltratar o corpo. Aprender a respeitá-lo. Não o considerar unicamente como um instrumento. Preservar as energias vitais (sexual, respiração e sistema nervoso) através da prática da Via. A expressão sexual não se justifica sem verdadeiro amor e sem compromisso. Em relação às relações sexuais, tomar consciência do sofrimento que podem causar no futuro a outras pessoas. Para assegurar a felicidade dos outros há que respeitar os seus direitos e compromissos. Estar plenamente consciente das suas próprias responsabilidades na hora de trazer ao mundo novos seres. Meditar sobre o mundo a que trazemos estes seres.
- Thich Nhat Hanh
domingo, 9 de novembro de 2008
O Mais Importante Ensinamento
Um renomado mestre Zen dizia que seu maior ensinamento era este: Buddha é a sua mente.
De tão impressionado com a profundidade implicada neste axioma, um monge decidiu deixar o Monastério e retirar-se em um local afastado para meditar nesta peça de sabedoria.
Ele viveu 20 anos como um eremita refletindo no grande ensinamento.
Um dia ele encontrou outro monge que viajava na através da floresta próxima à sua ermida.
Logo o monge eremita soube que o viajante também tinha estuda sob o mesmo mestre Zen.
"Por favor, diga-me se você conhece o grande ensinamento do mestre", perguntou ansioso ao outro.
Os olhos do monge viajante brilharam:
"Ah! O mestre foi muito claro sobre isto. Ele disse que seu maior ensinamento era: Buddha NÃO é a sua mente."
De tão impressionado com a profundidade implicada neste axioma, um monge decidiu deixar o Monastério e retirar-se em um local afastado para meditar nesta peça de sabedoria.
Ele viveu 20 anos como um eremita refletindo no grande ensinamento.
Um dia ele encontrou outro monge que viajava na através da floresta próxima à sua ermida.
Logo o monge eremita soube que o viajante também tinha estuda sob o mesmo mestre Zen.
"Por favor, diga-me se você conhece o grande ensinamento do mestre", perguntou ansioso ao outro.
Os olhos do monge viajante brilharam:
"Ah! O mestre foi muito claro sobre isto. Ele disse que seu maior ensinamento era: Buddha NÃO é a sua mente."
Como uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
- Lulu Santos / Nelson Motta
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
- Lulu Santos / Nelson Motta
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Não acredite ...
Não acredite em algo simplesmente porque você ouviu;
Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;
Não acredite em algo porque é dito por muitos;
Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;
Não acredite em conjecturas;
Não acredite em algo como verdade por força do hábito;
Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.
Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão
e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso.
- Buda
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Duelo de Chá
Um mestre da cerimônia do chá no antigo Japão certa vez acidentalmente ofendeu um soldado, ao distraídamente desdenhá-lo quando ele pediu sua atenção. Ele rapidamente pediu desculpas, mas o altamente impetuoso soldado exigiu que a questão fosse resolvida em um duelo de espadas. O mestre de chá, que não tinha absolutamente nenhuma experiência com espadas, pediu o conselho de um velho amigo mestre Zen que possuía tal habilidade. Enquanto era servido de um chá pelo amigo, o espadachim Zen não pôde evitar notar como o mestre de chá executava sua arte com perfeita concentração e tranqüilidade.
"Amanhã," disse o mestre Zen, "quando você duelar com o soldado, segure sua arma sobre sua cabeça como se estivesse pronto para desferir um golpe, e encare-o com a mesma concentração e tranqüilidade com que você executa a cerimônia do chá".
No dia seguinte, na exata hora e local escolhidos para o duelo, o mestre de chá seguiu seu conselho. O soldado, também já pronto para atacar, olhou por muito tempo em silêncio para a face totalmente atenta porém suavemente calma do mestre de chá. Finalmente, o soldado lentamente abaixou sua espada, desculpou-se por sua arrogância, e partiu sem ter dado um único golpe.
"Amanhã," disse o mestre Zen, "quando você duelar com o soldado, segure sua arma sobre sua cabeça como se estivesse pronto para desferir um golpe, e encare-o com a mesma concentração e tranqüilidade com que você executa a cerimônia do chá".
No dia seguinte, na exata hora e local escolhidos para o duelo, o mestre de chá seguiu seu conselho. O soldado, também já pronto para atacar, olhou por muito tempo em silêncio para a face totalmente atenta porém suavemente calma do mestre de chá. Finalmente, o soldado lentamente abaixou sua espada, desculpou-se por sua arrogância, e partiu sem ter dado um único golpe.
Quando cansado...
Um estudante perguntou a Joshu, "Mestre, o que o Satori?"
O mestre replicou: "Quando estiver com fome, coma. Quando estiver cansado, durma."
O mestre replicou: "Quando estiver com fome, coma. Quando estiver cansado, durma."
O Mudo e o Papagaio
Um jovem monge foi até o mestre Ji-shou e perguntou:
"Como chamamos uma pessoa que entende uma verdade mas não pode explicá-la em palavras?"
Disse o mestre:
"Uma pessoa muda comendo mel".
"E como chamamos uma pessoa que não entende a verdade, mas fala muito sobre ela?"
"Um papagaio imitando as palavras de uma outra pessoa".
"Como chamamos uma pessoa que entende uma verdade mas não pode explicá-la em palavras?"
Disse o mestre:
"Uma pessoa muda comendo mel".
"E como chamamos uma pessoa que não entende a verdade, mas fala muito sobre ela?"
"Um papagaio imitando as palavras de uma outra pessoa".
Apenas duas palavras
Havia um certo Monastério Soto Zen que era muito rígido. Seguindo um estrito voto de silêncio, a ninguém era permitido falar. Mas havia uma pequena exceção a esta regra: a cada 10 anos os monges tinham permissão de falar apenas duas palavras. Após passar seus primeiros dez anos no Monastério, um jovem monge foi permitido ir ao monge Superior.
"Passaram-se dez anos," disse o monge Superior. "Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer?"
"Cama dura..." disse o jovem.
"Entendo..." replicou o monge Superior.
Dez anos depois, o monge retornou à sala do monge Superior.
"Passaram-se mais dez anos," disse o Superior. "Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer?"
"Comida ruim..." disse o monge.
"Entendo..." replicou o Superior.
Mais dez anos se foram e o monge uma vez mais encontrou-se com o seu Superior, que perguntou:
"Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer, após mais estes dez anos?"
"Eu desisto!" disse o monge.
"Bem, eu entendo o porquê," replicou, cáustico, o monge Superior. "Tudo o que você sempre fez foi reclamar!"
"Passaram-se dez anos," disse o monge Superior. "Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer?"
"Cama dura..." disse o jovem.
"Entendo..." replicou o monge Superior.
Dez anos depois, o monge retornou à sala do monge Superior.
"Passaram-se mais dez anos," disse o Superior. "Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer?"
"Comida ruim..." disse o monge.
"Entendo..." replicou o Superior.
Mais dez anos se foram e o monge uma vez mais encontrou-se com o seu Superior, que perguntou:
"Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer, após mais estes dez anos?"
"Eu desisto!" disse o monge.
"Bem, eu entendo o porquê," replicou, cáustico, o monge Superior. "Tudo o que você sempre fez foi reclamar!"
Cipreste
Um monge perguntou ao mestre:
"Qual o significado de Dharma-Buddha?"
O mestre apontou e disse:
"O cipreste no jardim."
O monge ficou irritado, e disse:
"Não, não! Não use parábolas aludindo a coisas concretas! Quero uma explicação intelectual clara do termo!"
"Então eu não vou usar nada concreto, e serei intelectualmente claro," disse o mestre. O monge esperou um pouco, e vendo que o mestre não iria continuar fez a mesma pergunta:
"Então? Qual o significado de Dharma-Buddha?"
O mestre apontou e disse:
"O cipreste no jardim."
"Qual o significado de Dharma-Buddha?"
O mestre apontou e disse:
"O cipreste no jardim."
O monge ficou irritado, e disse:
"Não, não! Não use parábolas aludindo a coisas concretas! Quero uma explicação intelectual clara do termo!"
"Então eu não vou usar nada concreto, e serei intelectualmente claro," disse o mestre. O monge esperou um pouco, e vendo que o mestre não iria continuar fez a mesma pergunta:
"Então? Qual o significado de Dharma-Buddha?"
O mestre apontou e disse:
"O cipreste no jardim."
domingo, 21 de setembro de 2008
Caçando dois coelhos
Um estudante de artes marciais aproximou-se de seu mestre com uma questão:
"Gostaria de aumentar meu conhecimento das artes marciais. Em adição ao que aprendi com o senhor, eu gostaria de estudar com outro professor para poder aprender outro estilo. O que pensa de minha idéia?"
"O caçador que espreita dois coelhos ao mesmo tempo," respondeu o mestre, "corre o risco de não pegar nenhum."
"Gostaria de aumentar meu conhecimento das artes marciais. Em adição ao que aprendi com o senhor, eu gostaria de estudar com outro professor para poder aprender outro estilo. O que pensa de minha idéia?"
"O caçador que espreita dois coelhos ao mesmo tempo," respondeu o mestre, "corre o risco de não pegar nenhum."
domingo, 15 de junho de 2008
O Importante Ensinamento
Um renomado mestre Zen dizia que seu maior ensinamento era este: Buddha é a sua mente. De tão impressionado com a profundidade implicada neste axioma, um monge decidiu deixar o Monastério e retirar-se em um local afastado para meditar nesta peça de sabedoria. Ele viveu 20 anos como um eremita refletindo no grande ensinamento.
Um dia ele encontrou outro monge que viajava na através da floresta próxima à sua ermida. Logo o monge eremita soube que o viajante também tinha estuda sob o mesmo mestre Zen.
"Por favor, diga-me se você conhece o grande ensinamento do mestre," perguntou ansioso ao outro.
Os olhos do monge viajante brilharam, "Ah! O mestre foi muito claro sobre isto. Ele disse que seu maior ensinamento era: Buddha NÃO é a sua mente."
Um dia ele encontrou outro monge que viajava na através da floresta próxima à sua ermida. Logo o monge eremita soube que o viajante também tinha estuda sob o mesmo mestre Zen.
"Por favor, diga-me se você conhece o grande ensinamento do mestre," perguntou ansioso ao outro.
Os olhos do monge viajante brilharam, "Ah! O mestre foi muito claro sobre isto. Ele disse que seu maior ensinamento era: Buddha NÃO é a sua mente."
Equanimidade
Durante as guerras civis no Japão feudal, um exército invasor poderia facilmente dizimar uma cidade e tomar controle.
Numa vila, todos fugiram apavorados ao saberem que um general famoso por sua fúria e crueldade estava se aproximando - todos exceto um mestre Zen, que vivia afastado.
Quando chegou à vila, seus batedores disseram que ninguém mais estava lá, além do monge. O general foi então ao templo, curioso em saber quem era tal homem.
Quando ele lá chegou, o monge não o recebeu com a normal submissão e terror com que ele estava acostumado a ser tratado por todos; isso levou o general à fúria.
"Seu tolo!!" ele gritou enquanto desembainhava a espada, "não percebe que você está diante de um homem que pode trucidá-lo num piscar de olhos?!?"
Mas o mestre permaneceu completamente tranqüilo.
"E você percebe," o mestre replicou calmamente, "que você está diante de um homem que pode ser trucidado num piscar de olhos?"
Numa vila, todos fugiram apavorados ao saberem que um general famoso por sua fúria e crueldade estava se aproximando - todos exceto um mestre Zen, que vivia afastado.
Quando chegou à vila, seus batedores disseram que ninguém mais estava lá, além do monge. O general foi então ao templo, curioso em saber quem era tal homem.
Quando ele lá chegou, o monge não o recebeu com a normal submissão e terror com que ele estava acostumado a ser tratado por todos; isso levou o general à fúria.
"Seu tolo!!" ele gritou enquanto desembainhava a espada, "não percebe que você está diante de um homem que pode trucidá-lo num piscar de olhos?!?"
Mas o mestre permaneceu completamente tranqüilo.
"E você percebe," o mestre replicou calmamente, "que você está diante de um homem que pode ser trucidado num piscar de olhos?"
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